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Queimadas: Calamidade ou Mito?

Erica Tavares by Erica Tavares
Setembro 24, 2019
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Todos os anos grandes proporções de savanas tropicais são queimadas mundialmente e a cada ano a frequência e dimensão destes fogos tem vindo a aumentar. Estes distúrbios à natureza causam inúmeros impactos – alguns ainda desconhecidos – mas por causa da sua grande influência no aquecimento global, este tornou-se um assunto de grande interesse e preocupação a nível mundial e aqui explicamos porquê.

A EcoAngola contactou alguns especialistas em ambiente e conservação para ajudarem a esclarecer sobre as causas e consequências das queimadas em Angola. Exploramos a diferença entre incêndios em florestas tropicais e em savanas tropicais e falamos sobre as mudanças de intensidade e frequência durante os últimos 15 anos. No final, sugerimos potenciais soluções para o problema das queimadas mundialmente.

Savana-Angola
A vista de uma Savanna.

Para entendermos a situação das queimadas em Angola, precisamos primeiramente de entender o funcionamento das savanas. As savanas são ecossistemas ou habitats semiáridos, com quantidade de chuva média, na transição entre zonas tropicais e áreas desérticas. Durante o processo de evolução, estes ecossistemas foram dominados por uma vegetação composta por gramíneas, arbustos e árvores. Os mesmos têm um aspecto diferente das florestas tropicais, sendo geralmente percebidos como ‘florestas degradadas’ (foto acima).

Com isso, iremos responder às seguintes perguntas com apoio da literatura científica e especialistas.

Quais são as causas das queimadas? São fogos naturais ou postos? Por quem?

Em Angola existem diversas causas para as queimadas, sendo na sua maioria feita por comunidades rurais para sua subsistência, como a produção de carvão e a caça. Vladimir Russo, ambientalista, adiciona que é bastante raro que fogos naturais surjam em Angola dadas as suas características climáticas. Grande parte das queimadas são resultado de fogo posto por seres humanos, na sua maioria populações que vivem nas zonas rurais. As principais causas são, por ordem de grandeza, a) regeneração das gramíneas (principalmente no final do cacimbo), b) abertura de campos agrícolas onde o fogo é usado para a ‘limpeza’ da área, e c) como método de caça. Existem algumas queimadas, mas muito poucas, que são iniciadas com o objectivo de criar zonas de protecção contra queimadas, particularmente em algumas áreas de conservação e também junto às aldeias.

Quais são as regiões em Angola mais afectadas?

Vladimir Russo diz que de forma geral as queimadas afectam a parte norte, centro e leste do país, com muitas queimadas a acontecerem no Cuanza-Sul, Moxico, Cuando Cubango, Malanje, Bengo, Uíge e Zaire. Outras províncias também afectadas são o Huambo, Bié e Benguela.

Para completar esta informação, verificamos no Relatório de Fogos em Angola da “Global Forest Watch” que durante o período de 1 de Julho à 22 de Setembro os fogos totalizaram 1.214.890 (um milhão duzentos e catorze mil oitocentos e noventa) alertas. As províncias do Moxico, Cuando Cubango e Lunda Norte são as que indicam maior número de alertas de fogos conforme indica a imagem abaixo.

Queimadas-mapa-angola
As áreas em vermelho são as com maior índice de alertas de fogos e as áreas em amarelo têm um número mais reduzido (Global Forest Watch 2019).
Soyo, Agosto 2016
Soyo, Agosto 2016
Soyo, 2015
Soyo, 2015
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Wako Kungo, 2019
Bengo, 2016
Bengo, 2016
Kissama, 2015
Kissama, 2015
Kissama, 2017
Kissama, 2017
Kumbira, 2017
Kumbira, 2017
Rio Keve, 2017
Rio Keve, 2017

Quais são as consequências das queimadas para o ambiente e para a saúde humana?

O facto de que a intensidade e a frequência das queimadas ter aumentado nos últimos 15 anos, consequentemente também aumentaram os impactos ambientais e danos à saúde humana. A perda de biodiversidade, a emissão de carbono e a alteração dos ciclos hidrológicos são dos impactos que mais preocupam os cientistas mundialmente. As queimadas contribuem drasticamente para o aquecimento global, pois as savanas também sequestram e armazenam dióxido de carbono atmosférico.

A desflorestação é em si um dos primeiros passos para a desertificação, e temos visto que as secas em Angola continuam a progredir estendendo-se para o centro e norte de Angola, para as mesmas províncias que também enfrentam um elevado nível de desflorestação.

Vladimir Russo diz que as consequências das queimadas para o ambiente e para a saúde humana são inúmeras. Um exemplo específico para a saúde humana, está relacionado com o surgimento de problemas respiratórios incluindo alergias que afectam principalmente as crianças. Para o ambiente, para além da óbvia poluição atmosférica, existe a morte de animais, particularmente répteis e mamíferos de pequeno e médio porte, destruição de importante flora e em alguns casos a fragmentação de habitats.

No caso da avifauna Angolana, estudos conduzidos pelo ornitólogo Michael Mills e a sua equipa mostram que o crescimento da população nas inúmeras comunidades que habitam áreas naturais em Angola irão seriamente continuar a impactar estas mesmas áreas. Exemplo disso, é o Monte do Moco – Huambo –  que sofreu níveis elevados de desflorestação nos últimos anos como consequência de actividades como ‘slash and burn’ (corte e queima) e recolha de madeira, destruindo a vegetação das florestas de Miombo e das florestas Afromontanas que ali ocorrem. O Monte do Moco tem extrema importância para a conservação da biodiversidade avifaunística, e ao perder a sua vegetação acaba por perder também a área em que os animais habitam, metendo-os em risco de extinção. Uma das aves já estudadas e impactadas é a Francolin de Swierstra (Pternistis swierstrai), que passou de estado ‘vulnerável’ para ‘risco de extinção’ em 2013.

Mesmo não sendo através de destruição por fogo, as nossas florestas tropicais sofrem desmatamento a um ritmo e escala assustadores. Um outro exemplo é o desmatamento que tem ocorrido na floresta da Cumbira (Cuanza Sul).

Luís Ceriaco, herpetólogo e curador do Museu de História Natural e de Ciência da Universidade do Porto, diz que “no que toca à herpetofauna (anfíbios e répteis), o impacto dos fogos nas populações é reconhecido como uma das principais ameaças à sua conservação. Para além da morte dos animais que se encontram nas áreas afectadas pelas chamas, a consequente destruição do habitat faz com que as comunidades faunísticas pós-incêndio sejam geralmente mais pobres, com menos espécies e menor capacidade de resposta. Esta relação encontra-se documentada em vários estudos científicos realizados em vários países da região, como a África do Sul, Namíbia, Zâmbia e Botswana. Para Angola, embora não existam ainda estudos sobre o impacto do fogo nas populações de anfíbios e répteis, o impacto será certamente semelhante. Tendo em conta a riquíssima (uma das maiores do continente!) diversidade de espécies de anfíbios e répteis, muitos deles que só existem em Angola, a prevenção e combate aos incêndios é de especial relevância para a conservação deste grupo faunístico.”

O documentário do National Geographic ‘Into the Okavango’ de 2018 realçou que o aumento da intensidade e o impacto dos fogos na bacia do Cubango-Okavango pode potencialmente secar o próprio Delta do Okavango. Este ano, a equipa exploradora do Projecto Okavango Wilderness Project, financiado pela National Geographic Society relata que apesar destes habitats serem adaptados a resistir ao fogo, as queimadas extensivas estão a impactar severamente estes ecossistemas. Se a perda de florestas de miombo e florestas ribeirinhas (vegetação próxima a água) continuar a aumentar, irá resultar na perda de armazenamento das águas da chuva nos solos, secando os lagos e rios ao longo do tempo.

Este ano, os exploradores encontraram níveis de água mais baixos e um aumento de queimadas descontroladas na bacia do Cubango-Okavango. Num artigo publicado em Julho deste ano, a National Geographic realça que este impacto demonstra que esta região não é resiliente às mudanças climáticas e é mais sensível do que esperado. Alguns modelos de previsão das variações do clima deduzem que o sul de África irá enfrentar o contínuo aumento de temperaturas e que dias mais quentes irão drasticamente reduzir os presentes armazenadores de água, intensificando as secas e pondo em risco toda a população humana que depende do Delta.

Queimadas fogeiras angola (1)
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© Kostadin Luchansky | Angola Image Bank

Qual é a diferença entre os incêndios florestais (como os da Amazónia) e as queimadas em Angola?

Os incêndios florestais na Amazónia são na sua maioria causados por humanos, destruindo vastas áreas de floresta, muitas delas já previamente alteradas pelo Homem nas últimas décadas. Geralmente estes fogos são postos para ‘limpeza’ de extensas áreas que posteriormente são transformadas em campos de agricultura e pecuária. No caso das queimadas em Angola, muitas destas florestas de savana ainda são virgens, ou seja, nunca foram alteradas pelo Homem – aniquilando toda a vida animal e vegetal e impedindo ainda mais os avanços científicos sobre a fauna e flora de Angola. Deste modo, as savanas africanas estão a enfrentar perdas massivas.

Em entrevista à EcoAngola,  o cientista agrícola e ambiental Fabrice DeClerck diz que ‘não debatemos o suficiente sobre estes ecossistemas que estão em perigo’. Neste momento ainda existem pelo menos 50% das florestas tropicais intactas, mas por outro lado apenas 20 à 25% das savanas mantêm-se intactas mundialmente e ainda assim são subestimadas. Ele reitera que a biodiversidade e a produção destes dois ecossistemas são completamente diferentes e que não devíamos estar só preocupados em proteger as florestas tropicais, devemos também adoptar medidas de conservação para estes ecossistemas que estão com risco elevado.

Qual é a diferença das queimadas há 15 anos e agora?

Anteriormente, as queimadas em Angola costumavam ser praticadas de forma controlada e com espaços mais longos de tempo para facilitar a regeneração da vegetação. Estes fogos eram de baixa intensidade e danificavam pouco as árvores maduras, por isso a sua regeneração era mais rápida e com isso o ecossistema conseguia manter-se. Estas práticas tinham o objectivo de ajudar na fertilização dos campos para agricultura, especialmente nas comunidades rurais. No entanto, o aumento da população e das pressões económicas e sociais (como a pobreza) que o país enfrenta, também influenciam no aumento da frequência e intensidade destes fogos.

Vladimir Russo diz que há cada vez mais queimadas pois não há controlo nem punição para quem as inicia. O número de queimadas e a área ardida é actualmente muito maior. Nos últimos 2-3 anos as queimadas são tão graves que têm destruído infra-estruturas incluindo casas de populares vulneráveis e fazendas.

Nas imagens apresentadas neste artigo, é possível ver as mudanças devastadoras nas paisagens africanas.

Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Huíla - Município do Cuvango, 2019. Ilda Amaro
Cuanza Sul, 2019. Emídio Fragoso
Cuanza Sul, 2019. Emídio Fragoso

Quais seriam as potenciais soluções para se acabar com as queimadas descontroladas?

A natureza é uma das ferramentas que podemos utilizar para ajudar-nos a reparar os nossos ecossistemas destruídos. Devemos começar por proteger as florestas e áreas naturais virgens para evitarmos a sua destruição. A restauração de ecossistemas já degradados também é muito importante, sendo a reflorestação de espécies nativas uma das soluções para a recuperação da flora e, consequentemente, da fauna. É importante realçar que as savanas virgens precisam de especial atenção na sua gestão, pois implementar projectos de reflorestação em áreas não afectadas pode alterar a composição e funcionamento destes ecossistemas – isto porque é fácil confundir savanas com outras áreas degradadas, conforme explicamos anteriormente.

Precisamos de repensar nos investimentos que são feitos em meios de produção que destroem a natureza e começarmos a introduzir práticas que ajudem na protecção e restauração do nosso meio de sobrevivência. É fundamental trabalhar com as comunidades e providenciar alternativas para estas populações. O desenvolvimento de ecoturismo envolvendo a comunidade, pode ajudar a providenciar benefício directo ao preservar estes habitats. Também precisamos de investir em pesquisas científicas que façam monitorização dos ecossistemas mais importantes, para implementação de planos efectivos de gestão e prevenirmos a continuidade de degradação assegurando a sua protecção para o futuro.

Inúmeros cidadãos continuam a denunciar crimes de queimadas e desflorestação tanto em savanas como em florestas tropicais (conforme as fotografias deste artigo demonstram) pois continuam a notar a constância destes fogos.

As autoridades governamentais, em parceria com os cidadãos nacionais devem procurar estratégias urgentes para a regularização e diminuição das queimadas. No entanto, não precisamos nem devemos ficar só à espera da intervenção do governo. Como cidadãos, podemos organizarmo-nos e começar a implementar pequenas iniciativas e projectos voluntários para a protecção da nossa riqueza natural. Os órgãos de informação nacional também podem desempenhar um papel fundamental na comunicação e transmissão deste tipo de informação.

Para Vladimir Russo, a solução mais importante começa pela sensibilização das comunidades incluindo as autoridades tradicionais que no passado tinham um papel importante na educação das suas populações e no controlo (autorização) das queimadas. Por outro lado, tem de haver maior fiscalização e punição severa para quem é responsável pelas queimadas. É igualmente importante dar formação sobre o papel da gestão do fogo.

Erica Tavares

Ecologista e bióloga ambiental angolana, apaixonada por pessoas, natureza e ciência; focada no desenvolvimento de soluções para a conservação da biodiversidade, direitos humanos e justiça climática, mobilizando para a acção. "Liderança ética e empática é parte do meu "print", e a comunicação carismática é simplesmente a minha maneira de ser".

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