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Comunicado Sobre a Situação da Exploração de Petróleo e Recursos Minerais em Áreas de Conservação Ambiental em Angola

A EcoAngola gostaria de informar a todos os seus seguidores e aos assinantes da carta aberta e petição escrita por ambientalistas de diferentes organizações e representantes da sociedade civil, publicada aos 23 de Dezembro de 2020, que a petição foi encerrada, tendo sido recolhidas 4.736 assinaturas.

A carta aberta, que expressa a preocupação sobre o estado das áreas de conservação ambiental em Angola, foi enviada para o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, com cópias para o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Ministério da Agricultura e Pescas, Ministério da Energia e Águas, Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e ao Ministério do Interior, no dia 10 de Fevereiro de 2021.

[Pode aceder à carta aberta ao Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente aqui].

O objectivo principal da publicação e envio desta carta foi o de encorajar o diálogo entre a sociedade civil e os ministérios envolvidos na preparação da proposta de alteração da lei das áreas de conservação ambiental, que irá permitir a exploração de recursos minerais e petrolíferos dentro das áreas de conservação ambiental, para que haja uma reflexão e uma melhor compreensão sobre as intenções, os riscos, as medidas de mitigação, os benefícios e consequências a curto, médio e longo prazo, a nível local, regional e global. Ao mesmo tempo, gostaríamos de chamar a atenção perante o estado de negligência em que a maior parte das áreas de conservação se encontra e proporcionar sugestões de como ultrapassar as deficiências orçamentais e técnico-humanas que impedem que estas sejam realmente protegidas e aproveitadas para o turismo de vida selvagem.

Para estabelecer vias de diálogo entre os órgãos governamentais envolvidos nesta acção e a sociedade civil, a EcoAngola promoveu um webinar sobre o valor das áreas de conservação para países em desenvolvimento, aonde o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e a Agência de Petróleo e Gás esclareceram os locais e o tipo de actividade que se pretende fazer.

Embora o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente e o Instituto Nacional da Biodiversidade e Conservação não tenham respondido ao nosso convite para participar no webinar, têm estado disponíveis para esclarecimentos em relação a este tema.

[Pode aceder ao webinar sobre o valor das áreas de conservação para países em desenvolvimento aqui].

Dos esclarecimentos feitos no webinar e do comunicado publicado no dia 2 de Fevereiro de 2021 pela administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás, gostaríamos de salientar o seguinte:

[Acesso ao comunicado completo da Agência Nacional de Petróleo e Gás aqui].

Aproveitamos para agradecer a disponibilidade dos representantes do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente, e da ANPG, pela disponibilidade em prestar esclarecimentos sobre este tema, que é de grande importância para a sociedade Angolana e para o mundo.

Apelamos a todas as partes envolvidas para continuar numa senda de transparência, abertura à sociedade civil e debate sobre estes assuntos, garantindo assim que não ocorrem maus entendimentos e garantindo que os processos decorrem dentro dos marcos legais e com as melhores práticas (ambientais e não só) possíveis.

A EcoAngola continuará atenta ao desenvolvimento destes processos de pesquisa, exploração e licitação de recursos petrolíferos e gás. Aguardamos pela publicação dos resultados dos diferentes estudos de impacto ambiental e outros documentos realizados no âmbito destas actividades, os quais estamos disponíveis para analisar e proporcionar o nosso melhor feedback, cumprindo assim com a nossa missão e dever como membros da sociedade civil preocupados com o Ambiente e com o património natural.

Ao mesmo tempo, não queremos deixar de insistir que se deve dar prioridade nacional de extrema importância e urgência, a adequada protecção, desenvolvimento e aproveitamento turístico das actuais áreas de conservação antes que seja demasiado tarde.

A EcoAngola continuará a informar, sensibilizar e promover debates, com o objectivo de promover a sustentabilidade e conservação ambiental, alertar para os riscos ambientais e propor soluções sustentáveis e adaptadas à realidade de Angola.

[Para mais informações sobre a situação da exploração e pesquisa na área protegida da Bacia do Okavango, que gerou protestos na Namíbia pode ler neste artigo publicado pelo Novo Jornal].

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