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Turaco-de-Crista-Vermelha (Tauraco erythrolophus) – A Ave Nacional de Angola

Pouco se sabe acerca desta espécie em consequência da falta de estudos sobre a mesma, uma vez que esta ave só existe em Angola. Geralmente ocorre ao longo do comprimento da escarpa angolana e habitats florestais adjacentes, estando maioritariamente no topo das árvores – o que torna a pesquisa mais difícil.

Características gerais

O Turaco é de tamanho pequeno, aproximadamente 40 cm até à cauda, corpo com um tom verde metálico e azul, sendo que o interior das asas vermelho (somente visível durante o voo), face branca, crista vermelha (menos intensa na fêmea) emplumada como uma coroa e o bico amarelo. Devido a sua plumagem, é difícil de ser visto nas árvores.

Turaco de crista vemelha angola
Turaco-de-crista-vermelha, fotografado por Christopher Hines em 2017, próximo a Kibaxe, província do Bengo.

Classificação taxonómica

Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), o Turaco está classificado da seguinte forma:

Reino Animalia
Filo Cordata
Classe Aves
Ordem Musophagiformes
Família Musophagidae
Género Tauraco
Espécie T. erythrolophus

Distribuição Geográfica e Habitat

Distribuição gerográfica do Turaco-de-crista-vermelha (IUCN, 2016)

A espécie é endémica em Angola, encontrando-se no oeste e centro de Angola. Esta ave é encontrada maioritariamente nas florestas subtropicais e tropicais húmidas, vivendo sobretudo na copa das árvores.

Alimentação, Reprodução e Etologia

A espécie alimenta-se essencialmente de frutas e sementes em seus habitats florestais. Acredita-se que também possa alimentar-se de caracóis e insectos.

Não há dimorfismo sexual, ou seja, não existe diferença entre machos e fêmeas. Estas aves também são monogâmicas, tendo apenas um parceiro para toda vida. Durante a corte, o macho aponta a crista de forma dinâmica e eriça as penas. O ninho é construído nos ramos densos e geralmente é composto por 2 ovos por postura. Tanto os machos como as fêmeas chocam os ovos que eclodem ao fim de três semanas. Quatro semanas após a eclosão, os jovens turacos deixam o ninho e começam o seu ciclo de vida.

São aves aparentemente sedentárias e territoriais. São diurnos e geralmente permanecem nas árvores, descendo apenas para comer ou beber. Em caso de perigo, mantêm-se imóveis e fogem na oportunidade mais favorável. Normalmente vivem como casal, mas também podem ser encontrados em bandos.

Estado de Conservação e riscos

O turaco tem uma vasta distribuição e por isso é classificado como espécie de menor preocupação. Segundo a Bird Life International, acredita-se que a população esteja em declínio maioritariamente devido a contínua destruição do seu habitat, ao tráfico ilegal e a domesticação. A última avaliação foi feita em 2016 e apesar da tendência populacional estar a diminuir, não se acredita que o declínio seja suficientemente rápido para atingir vulnerabilidade. Por essa razão, a espécie é avaliada como ‘Menos Preocupante‘. Apesar disso, precisamos de ter em conta os presentes riscos que a espécie enfrenta. É necessário que seja feita uma avaliação com urgência para podermos ter uma estimativa sobre o tamanho da população e também avaliar o seu estado de conservação actualmente.

Como posso ajudar na sua conservação?

Para ajudar na conservação desta e outras espécies comece por não comprar animais, especialmente animais selvagens. Sempre que testemunhar a venda de animais (especialmente espécies raras como o Turaco) faça uma denuncia anónima ao Ministério do Ambiente. Se puder, tire fotos do local e envie-nos provas do crime para efectuarmos uma denúnia pública e consciencializar outros cidadãos.

UnitelMovicel
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Email:
crimesambientais@minamb.gov.ao

Também pode aderir ao Movimento Verde da EcoAngola, educando-se sobre questões ambientais e sociais de forma a diminuir o seu impacto ecológico e ajudando-nos a promover sustentabilidade e conservação ambiental em Angola.

Atenção: As fotos acima foram entregues como forma de denúncia (anónima). Estes Turacos foram encontrados enjaulados para serem vendidos e domesticados. As testemunhas conseguiram libertá-los e tiraram algumas fotos – Aconselhamos que não faça o mesmo.

Se poder libertá-los, deixe-os saírem livremente sem necessidade de segurá-los, especialmente para tirar fotos. Agradecemos aos cidadãos que o fizeram por não compactuarem com o crime.

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