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Pegada ecológica: entenda o que significa e calcule a sua

“Para aumentar a minha pegada ecológica eu decidi não utilizar mais sacos de plástico descartáveis”.

Esta afirmação é muito comum de se ouvir e retrata um grande equívoco sobre o real significado do termo Pegada Ecológica. Este engano reforça o quanto é importante passarmos conteúdos esclarecedores sobre o ambiente, desde clarificar conceitos à informar dados reais sobre o problema ambiental que enfrentamos e, finalmente, propor soluções e inspirar mudanças de comportamento.

Afinal, o que é a pegada ecológica?

A Pegada Ecológica foi criada para medir os impactos da acção humana sobre a natureza. O seu cálculo baseia-se na quantidade de área bioprodutiva necessária para suprir a demanda de um país, cidade ou mesmo de um indivíduo para gerar produtos, bens e serviços que sustentam os seus estilos de vida.

Para saber se esta demanda está dentro da biocapacidade do planeta, os pesquisadores Mathis Wackernagel e William Rees, da Global Footprint Network – (GFN), criaram, em 1993, a Pegada Ecológica, ferramenta utilizada para medir os impactos do consumo humano sobre os recursos naturais.

Em outras palavras, Pegada Ecológica é uma forma de traduzir em hectares a extensão de território que uma pessoa ou todo um país utiliza para se sustentar. Ou seja, quanto maior o resultado deste cálculo, maior o impacto negativo do país ou de um indivíduo no ambiente.

O que desejamos portanto, é justamente o oposto daquela afirmação no início do artigo. Desejamos ter um estilo de vida que produza o menor impacto ambiental para diminuir a nossa pegada.

Estudos mostram que desde o final dos anos 70 a demanda da população mundial por recursos naturais é maior do que a capacidade do planeta em renová-los. Dados mais recentes demonstram que estamos a utilizar cerca de 50% a mais do que o que temos disponível em recursos naturais, ou seja, precisamos de um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida actual.

Este modelo de exploração da natureza para consumo humano é insustentável e gera o esgotamento do capital natural mais rápido do que a sua capacidade de renovação, podendo levar a uma profunda crise sócio-ambiental e disputa por recursos naturais.

Este consumo humano insustentável refere-se a:


Fica claro que para evitar o colapso dos recursos naturais, que são a nossa fonte de sobrevivência, precisamos de avaliar e repensar os nossos hábitos de consumo e questionarmos: como é que eu, como cidadão, posso reduzir a minha Pegada Ecológica?

Acreditem, existem mudanças simples e fáceis que podem adotar já. A segunda parte deste artigo será publicado brevemente. Até lá, que tal calcular a quantas anda a sua pegada ecológica no site oficial da Global Footprint Network?

Basta clicar aqui.

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