A geneta angolana é um carnívoro do tamanho de um gato, que ocorre no Sul de África, do Atlântico ao Oceano Índico, sendo autóctone (nativo) de Angola. Porém, pouco se sabe acerca desta espécie devido à falta de estudos que existem sobre a mesma, pois ela descansa em esconderijos durante o dia, apenas saindo à noite, dificultando a sua observação.
Características gerais
Geralmente possuem uma cabeça pequena num corpo longo e esbelto, com pernas relativamente curtas. Têm uma cauda longa, sendo mais espessa do que em outras espécies de Geneta, apresentando oito anéis pretos, terminando numa ponta preta (o que a distingue da G. genetta). A ponta da cauda pode ser clara ou o último anel preto da cauda pode se fundir com a ponta preta.
A sua pelagem apresenta tons de cinza escuro ou cinza avermelhado escuro com manchas pretas a marrom-pretas em um padrão simétrico. Apresenta uma linha contínua em crista escura nas costas, que é relativamente longa (até 6 cm) e eréctil, Têm uma face cinza escura com uma faixa preta no meio da testa que é contínua com a crista espinhal preta.
Classificação taxonómica
| Reino: | Animalia |
| Filo: | Chordata |
| Classe: | Mammalia |
| Ordem: | Carnivora |
| Família: | Viverridae |
| Genero: | Genetta |
| Espécie: | G. angolensis |
Distribuição Geográfica e Habitat
Ocorre em Angola, na República Democrática do Congo, em Malawi, em Moçambique, na Tanzânia, na Zâmbia e no Zimbábue. Esta espécie vive em uma variedade de ambientes na sua área de ocorrência, incluindo as florestas tropicais, planícies e savanas húmidas, principalmente nas áreas com precipitação sazonal.
Alimentação, Reprodução, Etologia e Ecologia
Esta espécie é carnívora, alimentando-se principalmente de roedores. Porém, pensa-se que seja um predador generalista, consumindo uma grande variedade de pequenas presas de vertebrados e invertebrados. Ela apresenta de 1 a 2 ciclos reprodutivos por ano. Os machos e as fêmeas reúnem-se apenas para procriação, com gestação de 70 a 77 dias, com 1 a 4 filhotes por ninhada. Possuem dimorfismo sexual, onde o macho é maior que a fêmea.
Esta é uma espécie nocturna, descansa durante o dia em esconderijos entre rochas, em árvores ou em tocas no solo. São saltadores e alpinistas habilidosos, tendo excelente olfacto e a visão é especialmente bem desenvolvida para perceber o movimento em condições de pouca luz. Sob circunstâncias extremas, cospem e emitem secreções anais fétidas, e frequentemente buscam refúgio nas árvores.
Como predador, ajudam a controlar a população de pequenos vertebrados, incluindo roedores, e por isso, são frequentemente tolerados em fazendas e cidades e até mantidos como animais de estimação em algumas áreas.
Estado de Conservação
A geneta angolana é de momento considerada pouco preocupante pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN Red List), porém, a área dos habitats importantes para esta espécie está a diminuir bastante devido às práticas de uso da terra como: a exploração madeireira, a agricultura e a pastagem de gado em terras reservadas para a vida selvagem. Comummente também são vítimas de acidentes rodoviários.
[Ver campanha: Biodiversidade e Conservação]
Como posso ajudar na sua conservação?
Para ajudar na conservação desta e outras espécies comece por não comprar animais, especialmente animais selvagens. Sempre que testemunhar a venda de animais (especialmente espécies raras como o Turaco) faça uma denuncia anónima ao Ministério do Ambiente. Se puder, tire fotos do local e envie-nos provas do crime para efectuarmos uma denúnia pública e consciencializar outros cidadãos.
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